13 fevereiro 2019

Meio sem graça


Não sei bem como começar a escrever (e honestamente acho que isso já não é um problema, afinal em muitas das postagens que escrevo esta situação se repete), mas posso dizer que senti muita saudade daqui. Deparei-me com várias mudanças em muitos sites aos quais costumava ler e isso despertou em mim um pouco de vontade de mudar meu blog. Há um tempo, tive um blog chamado Stardust e pensei bastante em recomeçar a postar por lá, mas acho que não é a melhor escolha.

Acho que essa minha indecisão excruciante (pra onde ir? como fazer? qual é melhor? será que? e se?) se deve principalmente ao fato de tudo que eu faço ser meio sem graça. Na verdade, acho que sem graça é o melhor adjetivo pra me definir. Várias coisas que vejo são bem legais e admiro quase todo mundo que conheço em pelo menos uma coisa. Mas as minhas coisas sempre parecem simplesmente sem graça.


Estive na praia desde vinte e dois (22) de dezembro e não consigo me lembrar de quase nada, já que eu definitivamente não gostei. O sorvete de menta era gostoso e um dia com a minha mãe na praia conversando sobre carreira e afins foi bem legal. Estou feliz de ter voltado pra casa e minhas aulas começam dia quinze. Me afastei um pouquinho de todo mundo e não sei exatamente se me arrependo. Sinto estar aos pouquinhos voltando para onde me deixei, entre à menina do fundamental que amava música folk e chá de gengibre e a menina que adora teorias da conspiração, desenhos animados e música alternativa. Penso demais em tanta coisa que sequer faço ideia do quão importante essas coisas de fato são.

Desde o início do ano, completei a leitura de vinte e um (21) livros e pensei em fazer uma postagem com as leituras de janeiro, mas agora já estamos na metade de fevereiro e acho que nem teria mais graça. Tenho que organizar as coisas e "tocar a vida em frente", mas não faço a menor ideia de como fazer isso. De qualquer forma, tentarei fazer de algum jeito que as coisas daqui pra frente não me pareçam tão sem graça.

Li um livro que me fez pesar fortemente a consciência e pensar mais do que o normal recentemente. Não quero citar o nome, afinal talvez faça uma postagem exclusivamente a respeito ou sei lá, e espero poder comprar a versão física dele logo; mas falava bastante sobre o mormonismo e me fez me tocar sobre quão pouco eu sabia a respeito disso e o quão isso afetou relações passadas minhas. Percebi que muitas coisas que eu pensei terem sido fruto da crueldade alheia na verdade foram apenas ocasionadas pela minha não familiarização, e infelizmente sei que não posso mais consertar o que já fiz.  Não é muito legal perceber que a mocinha da história não era eu no fim das contas.

Também desenhei e pratiquei muito meus instrumentos, reativei meu Facebook por pura e espontânea pressão de um amigo e imediatamente percebi que não é uma rede social que eu goste de usar. Acho que a única rede social que eu gosto de usar é o Instagram, mas só de vez em quando. Gosto bastante de tirar fotos.

Não sei como terminar de escrever, mas sinto que a postagem já devia ter terminado. Senti falta de escrever e na verdade, ainda sinto que algo está muito errado (aqui, estou me segurando para não deletar e fingir que nada aconteceu). Talvez seja assim mesmo que as coisas vão ficando certas.

5 comentários:

  1. Oi, Joana!
    Já faz algum tempo... As vezes eu me sinto como você, sinto que o que eu faço é sempre sem graça, insuficiente e até mesmo incômodo, estou aprendendo a lidar com esses sentimentos, que geralmente vem a tona quando começo a me comparar com x ou y.

    Ainda bem que você teve alguns momentos bons mesmo a viagem não tendo sido uma das melhores (e devo confessar que estou interessada em algum dia experimentar um sorvete de menta). Eu me afastei de algumas pessoas também (principalmente da blogosfera, e acho que isso acaba incluindo você já que não trocamos mensagens há um tempão) e eu me arrependo pra caramba, mas enfim...

    Uou, 21 livros? Até o momento eu só consegui ler um e ainda foi sofrido porque minha visão não tá aquelas coisas.

    Fiquei bem curiosa com relação ao livro que você falou, eu sei praticamente nada sobre mormonismo (e nem tinha me tocado que a palavra derivava de mórmon antes d pesquisar), espero que você faça uma resenha sobre ele.

    Eu desisti do meu Facebook de vez, deixei ele lá pra ser excluído (porque eu sou obrigada a esperar 30 dias antes dele sumir de lá), e mal uso o Instagram, mas acho que lá tem umas fotos legais então vou deixá-lo lá quieto pegando poeira mesmo.

    Espero mesmo que você não faça que nem e delete o próprio blog sem mais nem menos (como eu já fiz trocentas vezes, infelizmente).

    Até, fica bem!
    VENTANIA

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  2. OLÁ OLÁ JOANA

    Poxa, eu nunca fui na praia dksjdksj Mas que bom que não foi 100% ruim e agora tu tá de volta ao conforto da tua casa.

    Tô impressionada com as tuas leituras, sério. Eu li 3 até agora e já me sinto a mulher mais vitoriosa do mundo -q

    Isso de se sentir sem graça é um porre mesmo. Desisti de vários blogs por esse motivo, e até agora não sei se o que eu tenho feito por aqui tem algum valor, mas sigo em frente. Acho que, como tu mesmo pontuou, depois desse período de estranheza as coisas vão melhorando, e enquanto não melhoram, saiba que têm pessoas por aqui que vão ler o que tu tiver vontade de escrever, e quando tu tiver vontade de escrever <3

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  3. oi oi oi, Joana! eu estava sentindo muita saudade dos seus posts ♡
    eu já desisti de muitas coisas e *situações sociais* por me sentir sem graça e insuficiente. é bem difícil de lidar (até hoje eu não sei lidar tão bem, na verdade), ainda mais quando vem acompanhado de comparações (um fun fact é que alguns chamam isso de síndrome de impostor). já desisti de blogs também (mas faz um bom tempo tho, o último foi em 2014 ou 2015, aí eu larguei os blogs por um tempo e voltei no ano passado), por sentir que eu não fazia nada interessante também. desejo melhoras quanto a isso, acho que é difícil para nós enxergarmos nossos potenciais e talentos por nós mesmos, do jeito que as outras pessoas vêem.
    fico feliz pelos momentos bons de sua viagem, mesmo que ela não tenha sido tão boa no geral. voltar para casa acaba sendo quase gratificante nessas horas (e sorvete de menta é tipo. o melhor sabor. junto com pistache).
    parabéns pelos 21 livros! eu tô terminando o segundo do ano agora ;; fiquei curiosa quanto ao livro que você falou, e entendo essa sensação de culpa que um livro pode proporcionar. mas creio que esses livros que "tocam na ferida" são bons abrir a mente, mudar os costumes, perceber os erros (que às vezes são muito socialmente aceitos, até estimulados, e nós crescemos com toda essa carga), enfim, é um aprendizado. e uma resenha seria muito interessante!
    eu desativei meu facebook no início desse ano, já nem usava então não me arrependo. eu ando usando cada vez menos redes sociais, mas "comecei" (na verdade, voltei) a usar instagram porque andei tirando muitas fotos.
    enfim, desculpa pelo comentário gigante e desejo que, como você mesma disse, as coisas fiquem mais certas depois desse período de estranheza. sempre que você puder e quiser escrever, estamos aqui ♡
    abraços! ♡

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  4. Bonjour, ça va?

    Adorei seu blog tanto, tanto. Conheci-o hoje e já me apaixonei pelo layout e por suas palavras... Desejo voltar sempre aqui para poder ler mais e mais, flor do campo.

    Beijos açucarados e au revoir

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  5. Todo mundo que te vê e que te lê, consegue ver que te falta Coragem.

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